Cara, você é demais!
Sério.
Um permanente elogio à fragilidade, à falibilidade e à hesitação, sempre com um pé dentro e outro fora das conversas, entre educado e temeroso de sua própria inadequação.
Você é um humanista.
Alguém que, apenas sendo quem é, fala para todos nós, e, sobretudo, de todos nós.
É você mesmo, cara!
Quando você transou com aquela sua colega e ela engravidou, você temeu, como qualquer um de nós temeria, mas foi firme o bastante pra segurar a barra e ficar do lado dela pro que desse e viesse. Quem é que seguraria as pontas como você segurou? Tá lembrado?
Você foi muito macho, de verdade. Aliás, é disso que você nos fala: que aquela virilidade de outrora não é mais a condição definidora de um homem. É muito antes sua lealdade, seu caráter. Você gagueja, fala meio fino, hesita, mas é muito mais homem do que muitos desses valentões que estão por aí, botando banca.
Você também já se meteu em algumas encrencas. Algumas delas até que bem engraçadas. Mas nunca deixou seus amigos na mão, mesmo que pra isso tenha se colocado em risco.
Na hora em que você estava ali, falando com aquela menina, quem já não se sentiu assim? Tímido, inadequado? Quem já não disse coisas ou fez gestos dos quais se envergonhou?
A minha impressão é que você é um digníssimo representante de uma linhagem de seres humanos, de um arquétipo recorrente na história da humanidade que existe desde a pré-história.
Um arquétipo que estava fora de moda.
Estava.
Até você surgir.
E mostrar pra gente que ser meio errado também dá certo.
Saiba que em cada coisa que você faz, nós nos sentimos representados.
Você é um pouco de cada um de nós.
Cara, brigado por tudo.
Dá gosto ser seu contemporâneo.
Vocês sabem que tudo isso foram somente PERSONAGENS dele não é?
Afinal, não é possível que exista alguém tão cagalhonamente doce no universo.
Quero ver esse filmeeee
Pelo visto ninguém desse bloguezinho de meia tigela assistiu Arrested Development, série de comédia das mais cabulosas, onde esse pivete aí fez um personagem melhor que todos os supracitados, e até a titia Lisa Minelli, aloprada aqui um dia desses, conseguiu justificar sua existência. Não sabem nada. Ha!
Ano um?
vê não. é um dos maiores casos de potencial disperdiçado da história.
Tem razão Inti, nunca vi Arrested Development, embora tenha ouvido maravilhas a respeito. E, em se tratando de Michael Cera, não duvido nada de que seja um desempénho divisor de águas.
Chela: sabe que eu não tinha pensado nisso? Vou tentar reavaliar as coisas por outro prisma agora.
JuK: Ano um é uma decepção, ouvi dizer. Vocês baixadores de filme profissionais sempre tem as respostas antes da hora. Uma pena, era um dos filmes que estava mais ansioso pra ver.
Ano um é sussa. Podia ser melhor, mas é sussa. É meio que nem Tenacious D, aquele humor do Jack Black que é muito idiota, idiota demais para ser engraçado. Mas daí vc se acostuma com a imbecilidade, e fica só se divertindo com as escolhas de palavras bizarras para fazer as piadas. Tipo “Double Team! – Supreme!” (do Tenacious D, não do Year one).
Mas assista sim, tem momentos excelentes!
-Agora, nem isso tudo aí, nem arrested development (que é foda mesmo) me entusiasmam tanto quanto a noção de que ele vai viver o Scott Pilgrim em 2010!
Tchutchuquinhozinho cuticuti nhóim nhóim
Esse post está entre os dez mais cafonas que eu já li. Adorei.