No final do primeiro tempo, a defesa grega falhou e a imagem mostrava o goleiro do time brigando com a defesa. O narrador então disse algo como:
– Olha o goleiro Tzorvas falando grego com defesa. E ninguém está entendendo… Continue lendo »
No final do primeiro tempo, a defesa grega falhou e a imagem mostrava o goleiro do time brigando com a defesa. O narrador então disse algo como:
– Olha o goleiro Tzorvas falando grego com defesa. E ninguém está entendendo… Continue lendo »
Viana Júnior não é nem o Carlos Alberto nem a Velha Surda: ele ficou famoso como Apolônio, a vítima preferida desta última. Apolônio é um chato ranzinza que ficou em nossos corações (ou não) por aturar essa velha chata e cheia de piadas sem graça. Continue lendo »
Talvez esse nome não diga nada à maioria das pessoas. Mas eu nunca esquecerei daquela tarde de terça-feira depois de enfrentar a longa maratona “Escola-Videoshow-Vale a Pena Ver de Novo” (a novela era Pedra Sobre Pedra) quando a inimitável Sessão da Tarde apresentou este clássico para mim pela primeira vez: Mestres do Universo.
Possivelmente alguém já saiba do que estou falando e possivelmente já fez a associação. Mestres do Universo é a adaptação cinematográfica de outra maravilha da infância, o seriado animado He-Man, o guerreiro de Greyskull, aquele que tem a força quando a espada está erguida.
O motivo da lembrança foi trombar com este filme e perceber coisas que me escapavam na época como toda a sua roupagaem kitsch, sua história sem pé nem cabeça e seu elenco estelar. Continue lendo »
Uma rapidinha: Alec Baldwin e Steve Martin irão apresentar juntos a próxima cerimônia de entrega do Oscar. Gozei. Continue lendo »
A arte de narrar
“Vai ter música de vitória? A Ferrari não vai atrapalhar o nosso domingo?”
– Cléber MachadoIsso é Cléber Machado, o inventor do método auto-socrático. Trata-se de se colocar no lugar do outro e fazer a pergunta e dar a resposta para chegar a uma conclusão (que às vezes só o próprio Cléber Machado sabe qual é).
Com ele, não basta apenas narrar uma corrida ou um jogo de futebol. É preciso também entender o outro lado, dar voz ao outro. Cléber Machado fala como o que o povo gostaria de falar, fica se perguntando durante toda a narração como se uma vozinha estivesse em seu ouvido dizendo “o povo tá pensando isso, Cléber” e ele pergunta sozinho para ele mesmo dar a resposta. Algumas vezes ele pede ajuda para o time de comentaristas., mas a auto-suficiência é a marca registrada de seu método. Com Cléber no comando da transmissão, a “pergunta do internauta” durante as partidas se tornam obsoletas. O método clebermachadiano de transmissão é mais eficiente e econômico.
Por isso, vamos relembrar alguns momentos de Cléber Machado, o Ciro Bottini das transmissões esportivas: Continue lendo »
Ridley Scott já foi um cineasta interessante. Seu cinema partia dos gêneros cinematográficos consolidados para infiltrar a questão do ser humano num mundo que, já no final da Guerra Fria, se mostrava exponencialmente mais selvagem e destruidor. Assim era em Blade Runner e Alien, mas já havia um germe disso tudo em Os Duelistas, onde, ao invés de ir ao futuro, voltava ao momento de natalidade do mundo moderno (a Revolução Francesa).
Muito diferente de Falcão Negro em Perigo, filme de invasão militar que não contesta nada e se detém em reproduzir velhos conceitos (ainda que sejam poucos). O principal é, obviamente, o velho lema “we don’t let anyone behind”. O “baseado em fatos reais” existe aqui apenas para defender esta mística beligerante. Contudo, o que mais fica na memória é o retrato simplista do homem africano, pintado como um selvagem que agora (anos 90) tem armas de fogo, artilharia pesada e poder de matar para exibir o corpo do inimigo morto. O terror bushista com valores bushistas, portanto.
É uma visão de mundo, portanto, ultrapassada, cheia de ilusão e do perigo “ouvi dizer”, longe do contato direto com o outro, anterior, enquanto conceito, a Jean Rouch e seus documentários etnográficos. Nada mais longe da visão humanista do jovem Ridley Scott.
Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down, 2001), dir. Ridley Scott (AXN – 22h)
Assim como em …Tenenbaums e …Stevie Zissou, Viagem a Darjeeling trabalha no terreno da paternidade e suas disfunções. Diferente de lá, o pai em questão não está presente na tela pela morte e isso requer dos filhos um deslocamento pelo desconhecido. Estamos, portanto, numa espécie de road movie. Continue lendo »
Isso é de fato uma série que se preze?
Acabei de assistir a primeira temporada de uma das mais badaladas séries da TV americana dos últimos tempos: 24 Horas (hoje já terminando seu sétimo ano). O susposto diferencial dela é que são 24 episódios de uma hora cada que contam a história de um dia na vida do agente federal Jack Bauer. Nesta temporada, Bauer tenta evitar o assassinato do senador David Palmer, candidato à presidência da República. E o que tem de especial nisso tudo para que a série se tornasse um fenômeno? Nada. Absolutamente nada. Continue lendo »